Foto: Leo FVM |
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Cheguei na leste superior e nos telões passava o dvd do título carioca. Todos no estádio quietos vendo o documentário. Logo após, o diretor de marketing do clube pegou o microfone e ficou falando sem parar com sua voz ecoando (alto) no estádio.
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Depois disso, a torcida ficou meio desconfiada, quieta e só esperando os times entrarem em campo.
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Todos pareciam desanimados, sem fôlego. Pode ter sido pela localização das organizadas, sei lá!
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Olhando para o campo e vendo a escalação, tive uma desagradável surpresa. Fahel configurava entre os 11 titulares! E com a camisa DEZ!
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Durante o jogo, percebi que o time e a torcida jogaram juntos no Engenhão. Quando rolava festa nas arquibancadas, o time correspondia em campo. Quando a torcida calava, o time recuava e se acovardava em seu próprio estádio.
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Mesmo depois de abrir 2 a 0, a torcida alvinegra se calou e ao mesmo tempo o time recuava.
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Começando o segundo tempo, o silêncio imperava no Engenhão, refletindo no time que ficava acuado pelo fraco time do Grêmio.
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Depois do primeiro gol gremista, eu só ouvia xigamentos a jogadores e vaia para alguns quando pegavam na bola. Ninguém foi poupado, até mesmo Jéfferson, Loco Abreu e acreditem: Maicosuel.
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Eu acho um saco esses cornetas que vão ao estádio e se limitam a xingar jogadores!
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Qual a moral de um botafoguense que se limita a reclamar o jogo inteiro ao invés de apoiar a equipe? Esse botafoguense é tão pereba quanto o jogador que ele reclama.
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O nosso BOTAFOGO está na parte de cima da tabela, nas "cabeças" do campeonato porra!
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Como meu amigo Caio disse, a torcida alvinegra ainda não aprendeu a torcer no Engenhão.
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Engraçado que não ouvi ninguém exigindo de quem tem que se exigir: Joel Santana. Um técnico que se colocou acima do bem e do mal durante a semana e faz coisas inexplicáveis (que nem ele explica) no time.
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Mas é claro, Joel é o cara maneiro que manda bem nas entrevistas e sempre arranja um jeito de não explicar as besteiras que faz na equipe.
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E eu com meu nariz de palhaço.
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Ao contrário do que ouvi de "torcedores" que falaram no fim do jogo -"não venho mais no Engenhão" ou "Chega! Não dá pra aguentar mais esse time" - eu continuarei SIM a ir nos jogos e apoiar meu clube do coração, O BOTAFOGO!
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obs: Depois comento sobre o jogo.
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@leofvm
6 comentários:
Abandonar o Botafogo, Jamais!
Mas não acho que seja o caso de criticar a torcida. É preciso entender a frustração com um time incapaz de mandar nos jogos realizados em sua própria casa e incompetente nos confrontos diretos com outros grandes (só venceu São Paulo e Atlético/MG, que estão em má fase), mas que acha que está bem porque está nas cabeças.
Até quando? É de bobeira em bobeira, como a de hoje, que se despenca na tabela.
O time levou uma sonora e merecida vaia no fim do jogo, como poderia ter ouvido aplausos se tivesse feito por merecer, como nos primeiros 20 minutos de jogo.
Sempre defendi que existe uma ordem lógica na relação entre clube e torcida: é o clube que conquista o torcedor com vitórias, craques, ídolos, títulos e história. Não conheço caso de torcida que tenha surgido primeiro.
Daí que a torcida deve incentivar o time, mas não é obrigação aplaudir sempre e haverá momentos de absoluto silêncio e inércia, reproduzindo o que acontece em campo. Existe a hora da vaia e da corneta também, para demonstrar que o desempenho do time não corresponde aos anseios da torcida que elegeu o clube como paixão. E os jogadores, comissão técnica e dirigentes precisam ouvir a voz das arquibancadas.
Que a torcida pode empurrar o time, não tenho dúvida. Mas é igualmente certo que o time anima ou desanima a torcida. Não vamos esquecer, também, que estamos falando de profissionais que tem obrigação de realizar seu trabalho independentemente de estímulos externos.
PS: Não concordo com xingamentos, ofensas e agressões. Tudo que disse acima se refere a manifestações civilizadas de descontentamento.
Obviamente não fiquei feliz com o resultado, mas espero que esse monte de abobrinha que a gente tem lido e escutado seja apenas retrato da passionalidade do Botafoguense. Pensar não dói, povo: eu prefiro ir ao Engenhão apoiar o time que está na parte de cima da tabela do que ir apenas em um jogo que é a única chance da equipe se salvar do rebaixamento (lembram de Botafogo x Palmeiras ano passado, né? Pois é!) . Acho que nos momentos de raiva, não podemos ser irracionais... muito menos injustos. Entendo que os que estão em campo são profissionais e que precisam fazer a parte deles. Nós, os torcedores, porém, somos o retrato da paixão, e quando se é apaixonado, se apóia até o fim. "Eu vou com o meu Fogão até o fim!". E você?
Valeu, Leo! Mais um texto que eu assino embaixo. Bjs!
Concordo com vc, é muito chato ficar ouvindo essa galera que só xinga, vaia e reclama. Dá a Impressão de que nem torcem pro botafogo. Que fiquem em casa esses malas!
Http://futebol-de-salto-alto.blogspot.com
Anônimo:
Você está certo sim. A torcida tem que protestar sim pois os jogadores representam uma paixão.
Mas chegar no estádio e xingar e vaiar os jogadores no primeiro minuto já é sacanagem!
"Mas é claro, Joel é o cara maneiro que manda bem nas entrevistas e sempre arranja um jeito de não explicar as besteiras que faz na equipe."
Eu nunca fui fã do Joel quando ele treinava times adversários e agora que ele esta no Botafogo é que não sou mesmo.
Não consigo entender como ele consegue ser tão respeitado pela imprensa sendo tão fraco tecnicamente.
Ah, eu tô "El Loco"! ahhhh....
Leia em: http://eagora-dil.blogspot.com/
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